Monday, March 7, 2011

As teorias do IMPERIO!

* Musa nerd, autora argentina surge como sensação da Flip
pelo Fabio Victor para Folha de Sao Paulo

A obra que a lançou ao mundo e foi a senha para que ela integrasse uma antologia dos melhores novos ficcionistas de língua espanhola da revista britânica "Granta" chama-se "As Teorias Selvagens" e sairá no Brasil no final deste mês pelo selo Benvirá, da editora Saraiva.(mais)



* Barbaro e nosso
pelo Victor da Rosa

Quase três anos depois de ter causado boas polêmicas em Buenos Aires, ao ser apontada por Ricardo Píglia como um grande acontecimento da novela argentina – mas não apenas isso, digamos assim – chega ao Brasil o livro de estreia de Pola Oloixarac, 33, através do selo Benvirá, da Editora Saraiva: As Teorias Selvagens. Na entrevista, Pola fala do impacto que seu livro tem causado, das traduções, do Brasil, de suas preferências musicais – “Chico Buarque, Os Mutantes, Jobim, Xuxa” – e do dia que encontrou Beatriz Sarlo na Bahia, em meio a um temporal tropical. tudo


* Crua e bela
pelo Rodolfo Viana

Depois de ter anunciado sua vinda à Feira Literária Internacional de Paraty, em julho de 2011, a argentina Pola Oloixaraca está cotada para o título de musa da Flip. Mas ela não é só um rostinho bonito, não... tudo


*Pola Oloixarac no Qaderno da anotaciones
por Manuel da Costa Pinto, diretor de programaçao Flip

Em novembro do ano passado, fui a Olinda para cobrir a Fliporto pelo Entrelinhas (programa da TV Cultura do qual sou editor) e assisti à palestra de Piglia, que deveria entrevistar em seguida. O autor de Respiração Artificial falou sobre “O escritor como crítico” e, numa espécie de mise-en-abîme, fez sua conferência a partir de uma conferência de 1947 em que o escritor polonês Witold Gombrowicz, que vivera na Argentina, transformava seu castel
hano insuficiente num trunfo, numa defesa da carência de linguagem como maneira de expressar conteúdos incomunicáveis.

A idéia básica de Gombrowicz, retomada por Piglia, é a de que a linguagem se cristaliza em ornamentos e filigranas que ocultam novas possibilidades expressivas, de que há um “escândalo” no fato de que “não temos uma língua para expressar nossa ignorância” (conforme frase dos
Diários de Gombrowicz citada por Piglia). A partir daí, Piglia menciona uma série de escritores que, a exemplo de Gombrowicz, procuraram escapar daquilo que está congelado no idioma reproduzido pelos círculos sociais que dominam a norma culta da língua. Com sua prodigiosa erudição, Piglia menciona desde Joyce e Pound até Hemingway e Osman Lins, para terminar fazendo um elogio generoso a uma nova escrito
ra argentina que, na opinião dele, conseguira escapar da “inflação de estilo” das formas ou fórmulas literárias cristalizadas.
Nas anotações apressadas feitas durante a conferência de Piglia, não consegui entender direito o nome complicado da escritora, mas anotei o título de seu único romance e prometi para mim mesmo pesqui
sar essa autora recomendada por um dos maiores intelectuais contemporâneos.

Só reli essas anotações depois de ter conversado com Thales Guaracy sobre Pola Oloixarac e de convidá-la para a Flip, percebendo então que o título do romance da tal escritora argentina citada por Piglia, e anotado com destaque em meu caderno de trabalho, era justamente
As Teorias Selvagens!

Como disse, a descoberta teve algo de borgeano: a constatação de que o encontro com a literatura de Pola Oloixarac cumpria desígnios ocultos em meu caderno de anotações, como uma fatalidade ou presciência. (tudo)



7 comments:

La pequeña elsa said...

y lari lari lari e, oh, oh, oh,
y lari lari e, oh, oh, oh,
y lari lari lari e, oh, oh, oh,
este es el show de POLA y
los saluda con amor.

pedrito-y-el-lobo said...

Aunque no he leído todavía tu novela -sí tus post de aquí-, presiento que en ella hay una belleza explosiva, semejante al de estas orquídeas brasileras que has decidido poner junto a los textos laudatorios que rodean tu estreno en el Brasil, pero más durable. Felicidades!!! Me parece injusto para los curiosos de acá que todavía no te hayan invitado a Chile, que aún no te publiquen acá.

Anonymous said...

Até então, seu livro ainda não desembarcou em terras tupiniquins. Ao menos não nas livrarias que visito constantemente. Estou ansioso para lê-lo.

É fato, você virá mesmo para Flip?

Outra dúvida, por que você se interessa tanto pela sub cultura brasileira?

A imprensa literária brasileira é invariavelmente caricata ao tratar dos autores literários. Não te incomoda ser tratada como a "linda nerd" que escreve bem? Mesmo tendo certeza de que você é linda e escreve bem?

Aguardo respostas do mundo daí. Besos!

Pola said...

anonymous meu bem,

a imprensa é a mesma no mundo tudo, mais no brasil é ... a mas grande!! :D

Anonymous said...

Pola, gostei deveras do modo como você se desviou de todas as minhas perguntas. Achei "charmozinho".

Minha pergunta sobre a Flip deve-se ao fato de eu querer visitar o evento e conhecer você pessoalmente e, quem sabe, até conseguir uma assinatura sua em um livro.

Já quando eu fiz menção ao fato de a imprensa literária brasileira ser caricata, eu quis dizer realmente que ela é basicamente formada por analfabetos sem imaginação alguma.

Daí você responde que "a imprensa é a mesma no mundo tudo, mais no brasil é ... a mas grande!!". (Hahahaha...) Entendi, de toda a imprensa literária mundial sem imaginação a do Brasil é a que arrasta as correntes da sordidez.

Li um texto que fala sobre você em que menciona o fato de você surfar. Um ponto em comum entre nós.

Desculpa por eu escrever aqui em português, só agora notei.

Un montón de besos!

Paula said...

Pola, seu gosto infantil e maduro, ao mesmo tempo, é instigante. Uma contradição que, quase sempre, faz sentido. Em relação ao seu livro, também não o vi nas livrarias brasileiras. Discordo em um ponto: 'a nerd linda'. Para mim, você é uma escritora arretada e corajosa. A beleza está contida aí... Beijos.

Pola said...

beijinhos! <3